sexta-feira, 30 de maio de 2008

Dependemos das máquinas

Por Anna Virgínia Cunha

Nos dias atuais, tornou se desnecessário o contato interpessoal, o conversar olhando olho no olho, o abraço, mas isso não significa que o ser humano está menos passional, ou que está mais egoísta, frio, e sim que está diferente a demonstração de carinho e amor. As formas de manter essas relações com a sociedade é que mudaram.

Hoje você tem a obrigação de lembrar o aniversário das pessoas que gosta, isso pode ser feito com inúmeros programas de computação que lembram o dia exato e te dão opções de cartões que você pode enviar aos seus amigos. Você se sente obrigado a mandar um e-mail, um scrap, um comentário para demonstrar seus sentimentos.

Nada mais romântico que uma apresentação de slides com a música que marcou o casal, mensagens falando de amor, carinho e imagens que podem ser até mesmos fotos do casal. Essa é nova forma de expressar o que sente, talvez seja mais bonita, e com certeza mais fria.

Em conseqüência da explosão informacional, caracterizada, sobretudo pela aceleração dos processos de produção e de disseminação da informação e do conhecimento, ao esmo tempo em que se discute a relação do casal numa conversa on-line, você pode ler o jornal, ler seus e-mails, conversar com outras pessoas sem que isso signifique falta de interesse e atenção sobre o que está sendo discutido.

Essa é a sociedade em que vivemos, e é importante saber de tudo que acontece no mundo, estar atualizado e bem informado é uma necessidade vital. A velocidade com que as informações acontecem e são lançadas nas redes de informação nós tornam impotentes para assimilar tanto.

Está se perdendo a vivência real e cada vez estamos ligados a um mundo virtual, e assim passamos mais tempo em frente ao computador tentando acompanhar essa quantidade de informações que nós leva a uma vida em que o tempo é inimigo. O interessante é percebermos o quanto sabemos, e que muitas vezes, estamos desinformados somos totalmente ao que se passa em nossas casas e particularmente dentro de nós. Somos sim dependentes das máquinas.


A Anna voltou a postar no blog. Interessante. Quem sabe agora vai? Eu não desisto.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Diário de bordo

Confiram minha sofrida e massante viagem rumo a... um casamento

Tá, esse texto não vai mudar o mundo, e nem vai ser curto, mas pelo menos vai te dar uma noção de uma outra realidade que a Caras não mostra.
Tudo começou às 11:20, quando, graças à troca, substituição e cancelamento das linhas que as lotações faziam, fui parar na Ceilândia Sul mas o meu destino era a M Norte. Poeira, muita poeira. Ah tudo bem, o que não fazemos para ser a “fotógrafa” da família. Chego lá ao meio dia e fico vendo os outros verem seus recados no orkut até às 13 horas. E então eu me transformo no baluarte da tecnologia, e apresento um dispositivo capaz de revolucionar a vida de todos: o You Tube. Sim, ainda existiam cinco pessoas no mundo que ainda não conheciam o You Tube. Não até esta (maçante) tarde. Com o maior site de compartilhamento de vídeos do mundo, consegui aumentar o vocabulário dos meus primos (com a ajuda de Silvio Santos e o bambu), fazer campanha contra o uso de drogas mostrando seus malefícios (com Maria Alice Vergueiro e seu Tapa na pantera) e mostrar a importância dos estudos (com a Sônia falando). É claro que não era essa minha intenção. Mas espero que meus primos de 14, 12, 11, 6 e 4 anos tenham interpretado dessa forma.
Após esse momento “TV Cultura”, fui para o segundo ponto mais alto do dia: um casamento no cartório. Aquele monte de gente de calça jeans, unhas feitas e maquiagem... a juíza de paz (?) falava alguma coisa supostamente importante para os noivos mas ninguém ouvia, porque estavam ocupados comentando a “breguice” daqueles que iam vestidos com roupas mais “chiques”. Um paradoxo. Coisa que nem Freud explicaria se tivesse coragem de ir naquele cartório.
Casamentos são engraçados. É o único lugar onde juiz de paz e testemunhas servem para dizer coisas boas. E o mais cômico é que você passa sua vida falando que matrimônio é uma coisa cafona, mas durante a cerimônia você fica pensando o quão legal seria se fosse você a estar lá, fazendo votos de amor eterno... então tá, vamos pensar em outra coisa pra passar o tempo, porque ainda está no segundo casal e a “nossa” senha é de número 15.
Nossa, minha tia está realmente brega. Num vestido longo azul claro com miçangas em azul escuro, ela parece uma pretendente a pior fantasia de fantasma da festa do colégio. Mas a fantasia não estava tão ruim assim, porque conseguiu assustar o flash da minha máquina, que só disparava quando queria (e isso porque eu era a “fotógrafa”).
Ok, duas horas e meia depois, saímos da área onde explodiram uma bomba de casais, e, contagiado por aquela radiação, um dos padrinhos me faz a pergunta: “e o seu casamento, quando vai ser?” (pausa bem grande para risadas maiores ainda). Sério, eu acho que aquele tio tava me paquerando (ninguém usa mais esse verbo)... E o pior: na frente da mulher dele! É por isso que não acreditam no casamento...
Ta, voltei para a “casa muito engraçada” e o negócio só foi “meiorano”. Passa das 18:00, o casamento será em menos de uma hora! “Bota os minino pra tomar banho!!!” Aha, essa parte não me incluía. Thanks God for that. Mas não era só os “minino” que queriam usar o banheiro... era um tal de “é rapidinho, pode continuar tomando banho aí”. Detalhe: o banheiro não tem box nem cortina separadora. Uma beleza! Meus primos evangélicos-fanáticos-religiosos discutem o comprimento do vestido da noiva. E a cor também. “Tá transparente. Tá um pouco acima do joelho, troca”. Não poderia permitir que ela adentrasse a igreja com aquele azul da cor do brega. “Não tia, tá lindo, não troca... por favor!” Ela me ouviu. “Se a Joceline falou que tá bom...” Cursar a faculdade realmente faz diferença...
Então, vamos lá, o ponto mais alto do dia: vamos para a igreja!! A pé. Duas quadras depois, chegamos na igreja decorada, pequena, simples, e aconchegante. Quase duas horas depois, as crianças gritam como nunca gritaram em suas curtas vidas, bagunçam os cabelos, batem nas daminhas, amassam a roupa da mãe e desafiam minha já inexistente paciência. Mas então, o que não poderia piorar, piora. Estou tirando fotos do lugar pra ver se o tempo passa quando sinto alguém me cutucar. “Você pode tirar umas fotos da minha filha? Eu te pago depois.” Hum... se você tivesse dito: te deixo sair correndo, eu aceitava. Ok, vamos às fotos. Trinta fotos depois, outra mãe, outra criança: te pago depois. Sessenta fotos depois... “tira deles três juntos”. Cento e vinte fotos depois: “agora tira uma minha, que eu tô é muito chique”. Essa sim, eu quero receber depois viu?
Espero que este tenha sido o último casamento de que participo como convidada. Sério, não tem como a demora ser maior e não tem como você se sentir aliviada quando a cerimônia finalmente começa. Porque é quando a pior parte se inicia.
A noiva entra, o noivo entra, as crianças entram, eu ajoelho, levanto, espero a máquina decidir acionar o flash, perco foto, sento, levanto, ouço pregações, o beijo dos noivos, e acabou. Aham, você que pensa. Quando a cerimônia termina e as pessoas se encaminham para a garagem, digo, salão ao lado para comer, um grupo quase uníssono de mães, tias e primos declaram esta poesia aos meus ouvidos: tira uma foto minha! Foram as fotos mais trash que eu já tirei. Teve uma que não me esquecerei jamais. Sabe as pétalas de rosas que a daminha joga no chão quando passa? Então, uma das minhas primas casadas com mil filhos juntou algumas delas e jogou para o alto, e pediu para que eu fotografasse quando ela estivesse lançando as flores ao ar... isso sim é comédia romântica. Nunca tirei tanta foto na vida. E nunca fui numa festa com tanta comida e saí com um saldo de duas coxinhas. Mastigadas com gosto de flash.
Onze e meia da noite. A pergunta do momento é: como volto pra casa? De carro, oras. De quem? Do serralheiro amigo do cunhado da minha tia. A brasília supostamente branca fazia mais barulho do que um helicóptero e balançava mais que uma jangada. Pelo menos ele tem um carro né? Ok, quase meia noite, chego em casa, doze horas depois do início da jornada. Apesar de tudo que disse aqui, adoro minha família louca e cafona. Também sou assim. E sou feliz porque tive a melhor educação possível vinda desses parentes loucos, porém, maravilhosos. E pode deixar que da próxima vez pagarei um fotógrafo pra você, viu, tia.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Mas... e aí?

Gatas garotas,
Estão prontas para revolucionar o mundo?
(Essa idéia me empolga).

Vamos começar fazendo as discussões que adiamos à semestres?
Vamos sentar para conversar?
Fotografar?

Beijo

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Joce is in the house!

Cheguei!!! Demorei mas aqui estou. Uma pseudo-tecnófoba que entende mais de prefixos e sufixos gregos e latinos do que de computadores ou vírus que entram neles por meio de mensagens que deveriam ser beneficentes.
De qualquer forma, pretendo fazer barulho, como já faço e meus vizinhos já sabem. Mas o barulho aqui é outro. É um barulho interno, mental, mais incômodo do que microfonia em casamentos (falando neles, em breve confiram um tosco diário de bordo).
Falando em nome da Comunicativa, com nossas palavras, faremos não só uma coletânea de textos e postagens, mas um conjunto de idéias que visam, senão revolucionar o mundo, ao menos quebrar preconceitos e mudar um ponto de vista um pouco míope. Se conseguirmos pelo menos fazer os leitores verem algo sob um novo ângulo, já teremos dado "um grande passo para a humanidade".

Obrigada por me aceitarem (ou não, mas torço pra isso) e sejam todos bem vindos (inclusive eu ^_^)

Falsos ou sinceros

Não sei o que me deu hoje, mas na hora de pagar a conta no restaurante no almoço me veio a idéia de falsos sorrisos. Antes, preciso dizer, como é triste almoçar sozinha todos os dias. Às vezes nem vontade tenho de almoçar.
Então, voltemos ao assunto FALSOS ou SINCEROS... A mocinha que me atendeu hoje foi a mesma de ontem (por falar nisso, ela deve ter problema com matemática porque me cobrou a mais) e nos dois dias esboçava um sorriso aos clientes ao entregar o troco. O sorriso dava para perceber que não continha espontaneidade, mas sim mecanismo.
Com isso me veio a cabeça... Freqüentemente damos FALSOS sorrisos as pessoas? Eu acredito que sim, principalmente a todos que não simpatizamos muito ou para aqueles que temos algum interesse. E muitas vezes nossos FALSOS sorrisos são dados para os outros pensarem que estamos bens e somos simpáticos. Reparem e me digam se estou completamente ou em partes errada.
Isso acontece também quando não concordamos com o que pessoas queridas falam algo, que não nos agrada muito. Estou certa ou não? Me diga quem nunca teve essa atitude.
Por que algumas vezes é tão complicado darmos sorrisos SINCEROS? Gostaria de entender.

Ei,

Meninas acredito que não estou postando textinhos muito de acordo com a nossa linha editorial. Mas como vocês nada postam, resolvi ir escrevendo e expondo por aqui. Desculpe se não estiver muito certo. Por falar nisso opinem, porque assim posso melhorar.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Aiaiai

Até parece perseguição...Mas esse blog já estava dando chilique comigo e não queria me deixar logar.
Aiaiai...
Não aguento isso. Fiz as meninas mudarem de blog por minha causa, o outro não me aceitava de jeito nenhum, isso porque eu tinha uma conta lá.
Mas faz parte, né?! Aqui é bonzinho, só espero que esses chiliques não continuem.
O sistema teve a ousadia de apresentar a mensagem "esse e-mail não existe", sendo que meu e-mail está aberto.
Que post mais sem pé nem cabeça, né?